Ano Velho, Vida Nova!

Como sempre na minha vida, aí está mais uma aTTitude "pum-pum, já está", como eu costumo chamar!
Termino este magnífico 2º semestre de 2005 com um emprego novo, uma nova rota casa-trabalho-trabalho-casa e o processador do neurónio a 1000/hora!
Em menos de 2 semanas vi a minha santa vidinha de casada virada de pernas para o ar e, felizmente, tive a sorte de começar a trabalhar numa semana em que o Indio está de férias, estacionado em casa dos avós.
Morro de saudades dele mas é a única hipótese de me conseguir coordenar com os novos horários e novas rotinas.
O novo emprego vai permitir-nos ter uma nova perspectiva financeira da nossa vida mas tira-me aquela qualidade de vida que eu tanto gosto de ter.
Lá se vão os únicos momentos do dia-a-dia semanal que eu e o meu maridão tinhamos. Já não dá para me levar ao trabalho depois de deixarmos o Indio na escola e o inverso no final do dia. Agora são os meus meninos a fazerem o trajecto de carro para uma ponta de Lisboa e eu de transportes para a outra.
Lá se vai o beijinho à porta da escola que eu prezo tanto e o Mãeeeeeeeee quando, ao fim do dia, irrompo pelo recreio da escola.
Já nem os Morangos com Açucar vamos poder ver! E podem rir à vontade que eu não tenho problema nenhum em assumir que vejo e curto largo ver. Principalmente porque o Indio também gosta e há lá temas focados que me vão permitindo aflora-los com ele de uma forma ainda leve, adequada à idade. Torna-se bem mais fácil conversarmos sobre as coisas da vida de crianças e adolescentes depois de ele encarar com elas em séries como esta.
E o cansaço ao fim do dia vai ser muito maior, a paciência para os disparates vai diminuir (e ela já não é muita, não!), a disponibilidade para lhe fazer os miminhos preferidos ao jantar será cada vez menor.
Temos, naturalmente, o reverso da medalha. O acréscimo financeiro permite satisfazer-lhe outros mimos. O facto de voltar a estar num patamar profissional onde já estive e que, por infortúnios vários, deixei de estar, permite-nos um novo horizonte da nossa, ainda tão recente, vida em comum.
Não há rosas sem espinhos...
O importante agora é sentir-me novamente a crescer.
Pr'a frente é que é caminho e está na hora de mudar a velha expressão "Ano Novo, Vida Nova" para "Ano Velho, Vida Nova".

Lição a tirar daqui?

Não percas a Esperança... a Vida é Bela e é SEMPRE uma FESTA!!!