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1.2.06

fiiiiiiuuuuuuuu

Esta deve ter sido a "expressão muda" que fiz quando o otorrino do Indio me disse que não havia problema neurológico nenhum com ele, em absoluto.
Quando se pôs em questão que os problemas comportamentais e de baixa auto-estima pudessem ter origem neurológica, senti-me a ganhar uns 10 quilos por dia!
Apesar da minha plena convicção que a fase que o puto atravessa se resolve com tempo, carinho, com actividades capazes de lhe dar confiança em si próprio e de lhe ensinar a atravessar obstáculos (como o judo e o ténis que inicia hoje), quando nos confrontam com exames e mais exames de nomes esquisitissimos e que só num laboratório em Lisboa é que fazem, as nossas convicções abanam um pouco e, a cada dia que passa, o peso de uma má notícia abate-se sobre nós.
Saí do médico ontem num estado de alívio tal que os meus pés pareciam andar 2 centímetros acima do chão.
É definitivo que só o passar dos dias levará o Indio a crescer mais confiante, mais equilibrado consigo mesmo.
Este último mês fez-me equacionar muita coisa na minha vida, principalmente no que toca à minha relação com o meu filho.
Talvez porque insisto em não me deixar levar pela "convenção da idade" e ter o comportamento típico da "mãe de família de meia idade" (pois, já estou lá prestes, já!), apercebi-me que a minha relação com o meu filho era muito mais de irmã mais velha do que de mãe. E, de facto, desde que ele se lembra de ser gente, foi assim. Viviamos com os meus pais, partilhávamos o mesmo quarto, as refeições eram preparadas pela avó, entre tantos outros exemplos.
Com o meu casamento e a consequente mudança para a nossa casa, os papéis tomaram os seus rumos certos e eu - no entender dele - assumi o papel real de mãe e os avós o papel de avós, em vez de pais.
Comecei ontem a ler um livro que me tem prendido linha a linha e que todos os pais deviam ler: Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, de Augusto Cury. O raio de livro dá a sensação de não nos dizer nada de novo mas tem um ponto fulcral: obriga-nos a rever muitos dos nossos comportamentos e a constatar que, na grande maioria das vezes, não transpomos para a prática a teoria que todos os pais têm que com amor e carinho tudo se resolve! Confronta-nos com os problemas que a sociedade em que vivemos nos cria e como dar-lhes a volta.
Estou confiante que com os 200 ou 300 quilos que me tiraram de cima, com as novas actividades, com a ajuda do livro e com a nova mentalidade que impus a mim própria, o Indio sairá vencedor... e eu mais ainda!!!