Quando o Dave se sai com um Thank You Lisbon só me ocorreu um if only you knew how welcome you are...Mas, logo em seguida, pensei claro que sabem... com um público destes e uma comunhão destas, só podem saber!
Ainda sinto o meu corpo em "pele de galinha" tal foi o êxtase das duas horas de concerto de ontem. Valeu a pena os 13 anos de espera para


faixa do Clube de Fans dos Depeche Mode em Portugal


Este concerto tinha uma envolvência especial, para além da minha óbvia devoção à banda. Era a 1ª vez que o meu maridão ia a um concerto no Atlântico e logo com a nossa Banda de eleição, um dos nossos mais fortes elos. A ansiedade era mais que muita ainda antes do lançamento do “Playing the Angel”, quanto mais depois de perceber que os Depeche mantém a mesma linha criativa de sempre e em nada me desiludiram.
“Playing the Angel” não é nada de transcendente dentro da discografia dos Depeche mas surpreendeu-me pela positiva, tal era o medo que o que aí viesse não fosse tão bom como o que haviam lançado até aqui.
Esse facto aumentou a ansiedade pelo concerto e também o medo de uma desilusão ao vivo.
Chamem-me tola que eu mereço! Se alguma vez uma banda destas, com todo o suporte e know-how que têm iriam desiludir alguém...
Já fui a muitos concertos no Atlântico – e corrijam-me se estiver errada – e não me lembro de ver o palco tão chegado “lá atrás”, no limite mesmo do Pavilhão, como que encaixado na oval das paredes. A sensação que tive foi que o backstage estava completamente enfiado na Sala Tejo!
A montagem estava simplesmente brutal, os adereços electrónicos pareciam ser parte da Banda (pareciam... eram mesmo!), a iluminação estava qualquer coisa de transcendente de tão simples que era, apesar da parafernália de “ferro” que se via, e o plasma a “crescer” ao longo do gig empolgou a audiência até ao rubro!
O facto de o palco estar encaixado na oval trouxe um pormenor que permitiu ampliar as sombras dos músicos na parede, o que engrandeceu ainda mais o ambiente, como se estivéssemos todos numa caverna.
O setlist foi extremamente bem conseguido, com as novas músicas “embrulhadas” nos grandes hits.
Faltou o meu “Question of Lust” que eu tanto “rezei” para que constasse. Azar... talvez em Julho, se eu “rezar” muito. Mas esteve lá a nossa “marcha nupcial” a fazer-nos recordar que há “silêncios” que merecem ser gozados e recordados.
E quanto mais eu escrevo, mais “a pele se engalinha”...
Para despedida, deixaram-nos um abraço Dave-Martin que nos aquece a esperança de virem aí mais 25 anos! E nós cá estaremos para continuar a vibrar ao som de Depeche Mode como vibrámos ontem.
De recordação levamos os 3 posters que vendiam no Merchandising e que vão iluminar as paredes do corredor da nossa casa, tal e qual como o som de Depeche ilumina a nossa vida em comum!