Aventuras do Indio

Esta eu gostava de ter presenciado mas, infelizmente, foi-me relatada pela minha mãe e complementada pelo Indio.
Avós e neto estão confortavelmente instalados na casa da praia, a aproveitar o belo tempo que faz e que, ao que parece, aguarda a minha chegada à praia para desaparecer.
Sua Excelência Dom Indio, quiça farto de ouvir a mãe dizer que, na idade dele, passava a vida pendurada em árvores e a subir e descer telhados, decidiu aventurar-se pelos telhados em redor da nossa casa.
Para um deles é fácil trepar da escada do sotão onde fica o meu quarto e ele fez-se ao piso.
Ao que parece deixou cair um chinelo e resolveu ir busca-lo. Esqueceu-se foi que descer é fácil, subir nem por isso e assustou-se. Foi um vizinho que ía a passar e o viu no telhado a chorar.
Consigo imaginar o pânico da minha mãe quando soube de tal coisa "meu deus, o meu neto!!!". Lá chamou o meu pai e, com calma, conseguiram tira-lo de lá.
Algum tempo mais tarde, e já na praia, ligam-me para me contar a história mas, como bom português, lá juntaram uns pozinhos a mais ao ponto de começar por dizer que o meu filho já tinha sido salvo pelos Bombeiros. Perante o meu simples "ai foi?", a minha mãe dispara um "mas tu reages assim? então eu digo-te que o teu filho foi salvo pelos Bombeiros e tu reages assim?".
É básico: se foi salvo é porque está bem. Vou entrar em pânico depois???
Eu realmente... ouço com cada uma!
Adiante!!!
Lá me contou a história como deve ser e peço para falar com o Indio:

- então, Puto, andas aos telhados agora?
- oh mãe, eu só fui apanhar sol mas não volto lá.
- ai voltas, voltas. sábado quando a mãe chegar aí vamos os dois subir aos telhados para aprenderes como se faz!