so aTTitude: O rescaldo rem

15.5.06

O rescaldo

Sobrevivi!!!
Foi dificil e custou muito mais que kilometros e kilometros a conduzir, de directas e 2 ou 3 concertos em cima da lombeira, sem sombra de dúvida!
O que mais custou até nem foi a parte das crianças. Essas encostaram na box da playstation e já não voltaram à pista. Digamos que deram um ar da sua graça na volta de honra do Campeão (leia-se cantar os Parabéns) e regressaram à box tão rápido quanto tinham vindo.
O pior mesmo foi os adultos! Mas já lá vamos.
Consegui sair do escritório às 7 e tal da noite. Irra que nem sabendo que o meu filho fazia anos e que eu estava com febre se dignaram a deixar-me sair às 6. É mesmo típico de gajas quarentonas, solteiras e mal-paridas! "Já me lembrei, já me esqueci" que sempre é o melhor que faço para não guardar ressentimentos parvos que só me prejudicam.
A muito custo lá fui jantar com o Indio e a minha nova sobrinha (herdada do casamento e que é um doce de miúda) ao mc donalds e daí para casa onde lhes estiquei o sono ao máximo para que não acordassem muito cedo no sábado. Inglório o meu esforço! Quanto menos dormem, menos querem dormir e às 7h50m estavam ambos a pé.
Passei a manhã de sábado "xiuuu não façam barulho que o Alexandre está a dormir!"
Ao meio-dia tinha tudo preparado, a casa limpa e o almoço preparado para poder começar a receber as crianças com tudo pronto. Convém frisar que a "minha" Inês foi uma ajudante e peras! O xor Indio é que parecia que tinha um "adivinhador de tarefa completada". Sempre que estávamos a terminar qualquer coisa, ele aparecia e dizia "eu quero ajudar, mummy!". YA! agora já vens tarde. E pirava-se para a frente da televisão ou para o quarto que mil e uma vezes arrumei naquela manhã.
Definitivamente, quarto arrumado e criança não são sinónimos!
Uma hora antes do início da festa chegam os meus pais e começa a confusão. A brincar, a brincar ía ter que dar jantar a 15 pessoas e a senhora minha mãe conseguiu comprar tanta coisa que nem espaço tinha no frigorifico para tanta carne, vegetais, bolos, gelatinas, sumos e (abençoadissimas) cervejas!
Às 3 da tarde descubro que a única Abadia que tinha guardada no frigorifico para beber "quando tudo acabasse" sentada no jardim a fumar um belo cigarro, tinha sido surrupiada pelo senhor meu pai que - note-se - teve a distinta lata de me dizer que não tinha notado diferença! É no que dá beber tudo o que é marca de cerveja. É a degeneração da minha raça ;)
A tarde passou-se entre o quarto dos putos e o terraço, sempre a tentar convence-los a comerem ou, pelo menos, a beberem qualquer coisa. Infrutífero!
Às 6 começam a chegar os adultos e inicia-se o meu drama. Os adultos são de longe mais chatos que as crianças. A partir do momento em que uma criança sabe onde está o "come" e o "bebe" levanta-se e vai buscar. Os adultos não! Sabem é pedir para trazer, perguntar 3 e 4 vezes seguidas onde está isto e aquilo... chaaaaaaaatos!!!
Foi um dia bem passado mas muito cansativo. Principalmente porque, com o cair da noite, a minha valente constipação fez-se mostrar novamente e teimava em abater-me.
Na memória reterei para todo o sempre a alegria do Indio por ter tido o pai toda a tarde na casa nova. Se sempre soube o quanto é importante para filhos de pais separados a harmonia entre os pais e sempre o fomentei, tenho agora mais certeza.
No final do dia, o Indio não se livrou de 2 belos raspanetes por me ter desobedecido nestes 2 dias de loucura. Creio que não me viu tão séria em toda a vida dele.
Por último, fica para a prosperidade o "Obrigado, mãe. Foi o dia mais feliz da minha vida".
As fotos foram muitas mas eu e as máquinas digitais também não somos sinónimos - ou caiem em copos de cerveja ou não as consigo ligar ao meu pc. Quando for a casa dos pais descarrego-as e boto-as aqui.