Viva o feriadito a meio do mês!

Quando não os há, a malta inventa-os! A malta da função pública, entenda-se.
É impressionante como esta gente só sabe marcar greves e manif's para as sextas-feiras... o jeito que elas dão para o belo do fim-de-semana prolongado num mês em que o que havia já passou!
Recordo-me de, ainda não há muitos meses atrás, ter havido uma greve numa 5ª feira. Ora eu, que trabalhava na altura num hospital público, estranhei imenso haver tanto movimento em dia de greve. Resposta pronta dos meus colegas: "a uma 5ª feira? não vale a pena. não compensa. são doidos de achar que alguém faz greve a uma 5ª feira".
É preciso ter muita lata e muito pouco respeito pelos trabalhadores do sector privado que se sujeitam a condições tão mais precárias e nem podem abrir a boca.
Actualmente trabalho numa empresa que pertence a um Grupo do Estado mas cujas condições dos trabalhadores são as do sector privado. Mesmo assim, somos bombardeados com reivindicações dos nossos caros colegas englobados na função pública que reclamam aumentos em coisas que ou nós não temos ou temos bem mais baixo que eles.
Por exemplo, o subsídio de almoço "de lei" é de € 5,93 (como é o nosso caso); o do Estado (no caso do "meu" Grupo, nos restantes não faço ideia) é de € 8,50. Os meninos têm subsídio de infantário e de amas, diuturnidades, subidas de escalão pré-definidas, entre outros pormenores. E acham-se no direito de reclamar!
Claro que todos temos o direito de reclamar mas quando é de boca-cheia torna-se uma falta de respeito para com quem não tem nada disto e paga exactamente os mesmos impostos!
Mais! Trabalham menos horas por dia , menos anos por vida (e a maioria deles pouco faz!) e nós - privados - que sustentemos isto.
Não será já hora de acabar com os "portugueses de primeira" e os "portugueses de segunda"?
Perdoem-me a revolta mas é incontornável continuar a assistir a isto de bico calado.